Menina Bonita


É bela. Sabe o que quer. Simpatia contagiante. Ousada e consciente. Madura e decidida. Uma diva. Princesa.

O seu traço embriaga. Apaixona. Como se de uma força superior se tratasse, atrai a si todos os seres que contemplam a sua forma. É quase uma religião. Uma fé. Um corpo abençoado pelas entidades divinas. Humildemente superior. Lindo! Na sua alma escorre o suor dos fiéis amantes, dos largos fãs que suspiram. Mensagens espalham pelo mundo uma beleza explosiva, qual diamante por lapidar. É arte!

A força do seu carácter brota da sua simplicidade. Da pequenez faz uma imensidão. Da natureza a sua vaidade. As suas águas rebentadas carregam estórias. As lágrimas são de sangue. De heróis. Ainda guarda segredos por revelar. Lendas por contar. Dos rios. Dos lugares. Das guerras.

Cavaleiros defenderam o seu nome. Contra mouros. Por Portugal. À média luz se escrevem as suas páginas na história. Conquistas irreais. Gigantes. Feitos sem igual.

As mãos que moldam a sua existência resistem. Gente singela. Os seus campos ávidos de humanidade nadam contra a corrente. Imóveis.

Mil ventos empurram as folhas pelos recantos da sua figura escultural. Calam-se as árvores para ouvir o bater das aves encarriladas no seu leito. A solidão acalma. O silêncio rejuvenesce. Caminhos lúcidos percorrem a sua mente. Olha para trás feliz. Pensa. Aguarda por um futuro risonho.

As suas feridas estão curadas. O seu brilho em tempos ofuscado reluz outra vez. É grande. É novamente feliz. Ela sonha. Faz acreditar. Cresceu para se tornar rainha. Do Tejo.

Uma mulher. Uma terra. Um sorriso. Barquinha.

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